segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O FETICHISMO DO TURISMO


Os sentidos da vida contemporânea tem se tornado cada dia mais supérfluos e destrutivos, façamos um paralelo do capitalismo contemporâneo com a superfluidade do Ser Humano que viaja a vários lugares do mundo, e que em muitas das vezes ou em quase todas é chamado de turista pelos autóctones (comunidade local).
O homem criou os mecanismos de produção em massa, e as empresas ressurgem com o grande impasse de produção/consumo, isto é, para que a produção seja estabelecida é necessário maior consumo e o consumo tem de ser cada vez maior, mas como fazer que isso ocorra? Pelo simples fato de tudo ser descartável, basta os produtos serem descartáveis que a reposição será feita pelos consumidores.
A partir daí os trabalhadores começam a sentir falta do tempo livre, trabalha-se muito e o tempo de entretenimento é raro, com isso o capital cria uma nova forma de entretenimento, ou seja, o turismo é a salvação dos seus problemas!
O turismo é uma das esferas da superfluidade na sociedade contemporânea. Os cruzeiros, as imagens lindas dos cartões postais, tudo isso é vislumbrado pela classe média/alta.
Enquanto isso a classe baixa trabalha para aqueles que viajam, porém com sorriso no rosto nos termos da “qualidade total” do atendimento, muito provavelmente os “turistas” não conhecem a realidade da localidade e nem sequer os interessam, é nesse sentido que a futilidade e a destrutividade humana vem caracterizando a sociedade contemporânea, baseada no consumo desenfreado e fetichizado, pois o que interessa é o que os outros vêem!
Tão propenso anda o homem a dedicar ao que há de mais vulgar, com tanta facilidade se lhe embotam o espírito e os sentidos para as impressões do belo e do perfeito, que por todos os meios deveríamos conservar em nós essa faculdade de sentir. Pois não há quem possa passar completamente sem um prazer como esse, e só a falta de costume de desfrutar algo de bom é a causa de muitos homens encontrarem prazer no frívolo e no insulto, contanto que seja novo. Deveríamos diariamente ouvir ao menos uma pequena canção, ler um belo poema, admirar um quadro magnífico, e, se possível, pronunciar algumas palavras sensatas. (Johann Wolfgang Von Goethe)

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